sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Arte Moderna

Nas primeiras décadas do século XX, as tranformações industriais, econômicas e sociais têm um profundo impacto sobre as artes. Nesse novo mundo em que existe fotografia, cinema, rádio, telefone, automóvel, avião e fábricas, tudo tem que ser repensado. A arte se multiplica em várias vertentes que refletem a perplexidade do homem diante de suas próprias possibilidades. Todos estão em busca de novas linguagens, que possam expressar os sentimentos contradítórios da modernidade.

É um tempo de liberdade total de criação, de pesquisa de novos materiais, de rompimento das regras já estabelecidas, de independência do realismo e da cópia da natureza, da valorização da subjetividade e do inconsciente... e mil outras propostas criativas.

A partir de 1900 há grande multiplicidade de caminhos, correntes, estilos e manifestações estéticas: o Expressionismo, o Surrealismo, o Dadaísmo, o Abstracionismo, o Concretismo, o Minimalismo e outros "ismos" que, de forma sucessiva ou simuntânea, apontam cada vez mais para a direção da liberdade. O artista tanto pode trabalhar com a limitação da realidade (Hiper-realismo) como com a autonomia em relação à figura e ao real (Abstracionismo), como também pode mesclar diversas artes (Performances e Instalações): música, teatro, escultura, pintura, vídeo, fotografia, cinema etc. Os efeitos estéticos se misturam a denúncias sociais e a manifestações conceituais, desafiando o apreciador a vivenciar experiências intelectuais e sensoriais significativas.

Brancusi - O Beijo, 1910
A escultura também passou por transformações em busca de novas formas de expressão. Constantin Brancusi (1876-1957) produziu uma escultura totalmente abstrata.

Alexander Calder - A Espiral, 1958
Alexander Calder (1898-1976) inventou a escultura em movimento (mobiles ou stabiles).

Wassily Kandinsky - Composição 8, 1923

Wassily Kandinsky (1866-1944) foi quem primeiro se aventurou pela pintura livre das preocupações figurativas.





Henry Matisse - Dança, 1910








 Henry Matisse (1869-1954) desenvolveu uma pintura de influência oriental, voltada para a simplicidade, mas declarou: "Trabalhei anos para que as pessoas dissessem: 'Parece tão fácil de fazer' ".





Acreditando em um novo papel para a arte, os surrealistas pintavam o mundo dos sonhos, querendo revelar as verdades escondidas dentro de cada pessoa.
Joan Miró (1893-1983) afirmou que sua vontade era "expressar com precisão todas as fagulhas douradas que a alma solta".
Marcel Duchamp - Roda de Bicicleta, 1913
Uma das grandes influências nesse processo de libertação vem do pensamento e das propostas de Marcel Duchamp, que expôs uma roda de bicicleta presa a um banco e declarou: "A arte é um olhar amoroso sobre a vida".
Pablo Picasso - Les Demoiselles d'Avignon, 1907
Pablo Picasso (1881-1973) foi um artista múltiplo, que passou por várias correntes e utilizou várias técnicas. Certa vez, ele declarou que seus quadros eram páginas de seu diário, testemunhando a relação íntima entre a criação e a vida.

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